Lembrei-me da única vez que meu pai me bateu. Eu devia ter 6, 7 anos. O motivo? Eu não estava conseguindo enxugar o banheiro, que sempre lavava. Pedi para meu pai me ajudar e ele disse que não podia. Insisti tanto, que ele perdeu a paciência e me bateu dentro do banheiro molhado. Fique ali, sentada, chorando, chorando. Usava uma saia cheia da babados que a minha mãe tinha feito para mim. Ela era azul e branca. Tava na época da lambada e minha mãe copiou o modelo que as atrizes da novela usavam. Chorei tanto que minha mãe me pegou no seu colo, me deu banho e me acalmou. Depois disso, nunca mais meu pai encostou a mão em mim.
Se sinto raiva disso? Se odeio meu pai por isso? NÃO. Sinto um respeito enorme por ele, um amor incondicional. Sei que estava errada e não o culpo. Todos nós temos "um dia daqueles" e nesse dia era meu pai que estava no seu inferno astral. Ele é o melhor pai do mundo. Meu grande herói.
Por que dessa lembrança? Eu NÃO quero acreditar que foi o pai que matou a filhinha. Não quero acreditar... mas os fatos estão aí... e tudo nos leva a crer que ACONTECEU... ele fez essa monstruosidade... estava no seu dia ruim. E não são todas as pessoas que conseguem se segurar. Infelizmente.
SÓ SEI DE UMA COISA: fui e sou feliz por ter um PAI como o que tenho.
Um comentário:
Nossa que surpresa maravilhosa, vc com um blog !!! muito legal mesmo, adorei essa surpresa, e espero que vc venha escrever aqui sempre !!!
Te linkei lá
Beijossssssss, adoro você, Paty !!!
LuRussa
www.garotinharuiva.blogger.com.br
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