sexta-feira, 4 de abril de 2008

Pais como antigamente

Estou muito chateada com o caso da menina que foi atirada pela janela do apartamento do pai. Fiquei muito comovida, assim como toda população brasileira. Não consigo imaginar que alguém tenha coragem para um ato tão cruel.
Lembrei-me da única vez que meu pai me bateu. Eu devia ter 6, 7 anos. O motivo? Eu não estava conseguindo enxugar o banheiro, que sempre lavava. Pedi para meu pai me ajudar e ele disse que não podia. Insisti tanto, que ele perdeu a paciência e me bateu dentro do banheiro molhado. Fique ali, sentada, chorando, chorando. Usava uma saia cheia da babados que a minha mãe tinha feito para mim. Ela era azul e branca. Tava na época da lambada e minha mãe copiou o modelo que as atrizes da novela usavam. Chorei tanto que minha mãe me pegou no seu colo, me deu banho e me acalmou. Depois disso, nunca mais meu pai encostou a mão em mim.
Se sinto raiva disso? Se odeio meu pai por isso? NÃO. Sinto um respeito enorme por ele, um amor incondicional. Sei que estava errada e não o culpo. Todos nós temos "um dia daqueles" e nesse dia era meu pai que estava no seu inferno astral. Ele é o melhor pai do mundo. Meu grande herói.
Por que dessa lembrança? Eu NÃO quero acreditar que foi o pai que matou a filhinha. Não quero acreditar... mas os fatos estão aí... e tudo nos leva a crer que ACONTECEU... ele fez essa monstruosidade... estava no seu dia ruim. E não são todas as pessoas que conseguem se segurar. Infelizmente.
SÓ SEI DE UMA COISA: fui e sou feliz por ter um PAI como o que tenho.

Um comentário:

LuRussa disse...

Nossa que surpresa maravilhosa, vc com um blog !!! muito legal mesmo, adorei essa surpresa, e espero que vc venha escrever aqui sempre !!!

Te linkei lá

Beijossssssss, adoro você, Paty !!!
LuRussa
www.garotinharuiva.blogger.com.br